Se você estivesse olhando para o Sol no dia 1º de setembro de 1859, a atividade dele chamaria sua atenção. Ele estava no final de um ciclo que durou uma década, bem no seu período de maior atividade. E por um misto de sorte e destino, um astrônomo chamado Richard Carrington estava observando a superfície da nossa estrela, quando de repente ela explodiu. Em um piscar de olhos, uma coluna de plasma maior do que a Terra se desprendeu do Sol, jogando partículas altamente energéticas para o espaço, se movendo a milhares de quilômetros por segundo.
O Evento Carrington
17 horas e 40 minutos depois, essas partículas chegaram na Terra e causaram a maior tempestade geomagnética já registrada na história. Quando as partículas do Sol chegaram na Terra, a maioria, prótons e elétrons, se movendo a altíssimas velocidades, o efeito delas no campo magnético do nosso planeta foi notável. As auroras mais intensas já observadas na história fizeram a noite ficar iluminada. Elas puderam ser observadas até em São Paulo, que é muito longe dos polos. Existem registros de pessoas usando as luzes das auroras nas ruas e cidades grandes para lerem jornais.
Mas embora as auroras fossem lindas e chamassem a atenção, o verdadeiro efeito era invisível. As partículas carregadas do Sol eram canalizadas pelo campo magnético da Terra, que mudava a todo momento como resposta. No chão, essa mudança de campo magnético induzia correntes elétricas em qualquer coisa que pudesse conduzir elétrons. Na época, a humanidade ainda estava na infância da eletricidade, mas nós podemos ter uma ideia dos impactos observando as histórias dos operadores de telégrafos.
Efeitos das Tempestades Solares na Tecnologia
Um evento como o Carrington, se ocorresse novamente hoje em dia, muitos pesquisadores concordam que toda a nossa estrutura tecnológica se acabaria. E pra piorar, esse ano estamos novamente no período de atividade máxima solar, exatamente como em 1859. Notícias circulam em todas as redes sociais e algumas delas até afirmam que um novo evento Carrington vai acontecer esse ano.
Sempre que você ouvir falar tempestade solar, é importante entender exatamente do que nós estamos falando. Provavelmente os dois tipos mais famosos de tempestade solar são as erupções solares e as ejeções de massa coronal. E para entender como elas acontecem, você pode pensar no Sol como uma bola cabeluda. O cabelo que você vê na imagem é uma representação das linhas de campo magnético da nossa estrela. Essas linhas estão sempre andando e mudando de lugar. O Sol é um lugar bem movimentado.
Impactos das Ejeções de Massa Coronal
Uma erupção solar acontece quando a superfície do Sol acumula energia magnética e então libera ela rapidamente. O que nós vemos aqui da Terra é um flash de radiação eletromagnética. E é bastante comum, mas nem sempre é o caso, que essas erupções sejam acompanhadas de ejeções de massa coronal, que é quando uma linha intensa de campo magnético é ejetada do Sol junto com plasma, formada por partículas carregadas. Essas partículas, que são basicamente prótons e elétrons, são lançadas para o espaço com velocidades altíssimas, chegando a alcançar 3 mil quilômetros por segundo.
E são essas ejeções de massa coronal que são as responsáveis pela maior parte das tempestades geomagnéticas e auroras, como a que aconteceu em 1859. A parte assustadora é que nós não temos como prever quando exatamente elas vão acontecer. O Sol funciona em ciclos de atividade que duram por volta de 11 anos. E nesse meio tempo, a atividade da nossa estrela aumenta, chega até um máximo e então diminui.
Previsões e Expectativas
Portanto, nós geralmente ouvimos falar de prejuízo como um equivalente em dinheiro. Ah, foi um total de trilhões de dólares, bilhões de dólares. Mas nós nunca paramos para pensar no impacto que um evento precisaria ter para nós precisarmos medir os danos em anos. No fim, nós não temos como saber quando o próximo evento tempestade solar vai acontecer. Mas nós vamos ter uma janela de algumas horas antes de ele nos atingir. Seres humanos não vão ser afetados biologicamente. Nós estamos protegidos tanto pela atmosfera quanto pelo campo magnético da Terra, mas nós com certeza sentiremos os impactos tecnológicos.
Entretanto, olha ao seu redor e tente prestar atenção na quantidade de coisas que precisam de energia elétrica ou circuitos eletrônicos para funcionar. Agora imagine a vida sem eles. Pelo menos por algum tempo até nós consertarmos tudo. Do que você sentiria mais falta? Conta pra mim aqui nos comentários. Eu tô bem curioso pra saber. E se você gosta desse tipo de vídeo, não esqueça de se inscrever aqui no canal pra sempre saber quando a gente postar um novo. Muito obrigado e até a próxima!
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